O calor já aperta e sabe mesmo a Verão.
Com o Sol vem o desejo de praia, piscina, passeios ao ar livre, enfim, nada como a energia do astro Rei para retemperar as energias e nos fazer sonhar com as tão ansiadas férias.
Apesar de o Sol ser a fonte primária de energia de toda a vida no planeta, em tempos de maior calor é também necessário redobrar as nossas defesas contra as suas radiações. Neste contexto, no passado dia 9 de Junho, a farmacêutica Raquel Calado estagiária na Farmácia Roque, acompanhada da Directora Técnica Sandra Pinto, esteve presente na nossa escola para elucidar os alunos do 5º ano de como tirar o melhor partido do Sol, sem riscos acrescidos.
Para quem não sabe aqui fica a mensagem da Dra. Raquel.
A pele é um órgão sem o qual poderíamos sobreviver, constituída por três camadas: a epiderme, mais superficial; a derme, camada intermédia e a hipoderme, camada mais profunda. Apesar de a epiderme estar em constante renovação, algumas radiações solares, como os ultravioleta A (UVA) e os ultravioleta B (UVB), mais do que o vulgar escaldão, podem, a médio ou longo prazo, provocar danos irreversíveis neste órgão, originando desidratação; fotoenvelhecimento; cataratas; cancro de pele, entre outros problemas.
É preciso lembrar que o Sol já não é como antigamente. Nas últimas décadas, a libertação continuada dos mal-afamados cloroflurocarbonetos, mais conhecidos por CFCs, provocou uma rarefacção da camada de ozono, aquela camadinha localizada nas capas altas da atmosfera, que protegia a superfície terrestre das radiações solares mais nocivas. Em resultado, toda a vida no planeta está mais susceptível.
Quanto a nós, torna-se necessário tomar precauções, não só no Verão, como ao longo de todas as estações, recorrendo ao uso de chapéus, óculos de Sol e de protectores solares adequados ao tom de pele. Desta forma, peles muito clarinhas necessitam de um protector com factor de protecção superior a 50; peles claras de um protector com factor de protecção superior a 30 e mesmo as peles morenas não dispensam um factor de protecção 20.
Não se deixem enganar com a promessa dos óleos bronzeadores ou cremes com protecção insuficiente. Um bom protector, além de possuir o índice de protecção adequado, deve ter sempre indicação de protecção contra os UVA e os UVB. Daí que observem bem o rótulo do produto antes de o adquirirem.
Igualmente importante, é não esquecer que as crianças até aos 3 anos de idade, nem sequer podem estar ao Sol, pois a pele ainda é muito imatura e não possui as defesas de um adulto. De facto, todos possuímos na pele uma substância denominada
melanina, que é a responsável pela sua cor. A exposição ao Sol estimula a produção de melanina e a nossa pele escurece gradualmente. No fundo, trata-se de um mecanismo de defesa natural, visto que esta substância possui a capacidade de absorver as radiações ultravioleta. A pele dos bébes e crianças mais pequenas possui, ainda, uma quantidade muito baixa de melanina, pelo que as defesas destes são ausentes ou muito reduzidas.
Por fim, resta lembrar que o protector solar não evita o bronzeado. Antes pelo contrário, ao estar a contribuir para hidratar a pele, também ajuda a que esta fique mais bonita e conserve mais tempo aquele tão desejado tom mais moreninho.
Ana Cerdeira
